segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Série: Distúrbios do Desenvolvimento: DISGRAFIA


A Disgrafia é uma alteração da escrita normalmente ligada a problemas perceptivo-motores.


É isso mesmo...A popular “letra feia”.

Suas manifestações:

. Traços pouco precisos e incontrolados;

. Traços demasiado fortes que marcam profundamente o papel; (Meu pai colocava um papelão, para eu não rasgar a folha do caderno...Rssss)

. Grafismos não diferenciados nem na forma nem no tamanho; (Lembrar hieróglifos egípcios)

. Escrita desorganizada e irregular;

. Escrita muito rápida ou muito lenta;

. Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial

Existem vários tipos de disgráficos:

Rígidos - Escrita muito inclinada e crispada.

Relaxados - Letras mal formadas, linhas e margens mal organizadas.

Impulsivos - com o traçado sem controle, apressado e confuso, escrita muito irregular e instável. (Muda o tempo todo)

Os lentos – a página é organizada e a escrita é regular, porémo ritmo da escrita é lenta.

A Disgrafia não está associada a nenhum tipo de comprometimento intelectual.

Para ajudar os alunos com Disgrafia não adianta os famosos recadinhos no caderno :"Deve melhorar a letra!”

E os papais com as famosas censuras: “Menino, que garrancho!!!!!”

Como ajudar?

Evitar repreensões. Afinal de contas, quem gosta de ter letra feia?

Reforçar a criança de forma positiva sempre que conseguir realizar uma conquista.

Os professores nas avaliações escritas, podem dar mais ênfase à expressão oral.

Evitar o uso de canetas vermelhas na correção dos cadernos e provas.

Os pais devem evitar o máximo possível, obrigar seus filhos a refazerem as atividades, ou realizar cópias, que pedagogicamente, não produzem resultados eficazes.

Conscientizar a criança do seu problema e ajudá-lo de forma positiva.

Como a criança pode melhorar?

Realizar exercícios de destreza manual

Fazer traçados

Utilizar recursos artísticos e estimular a criatividade para melhoria da coordenação motora

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Série: Distúrbios do Desenvolvimento - EPILEPSIA


EPILEPSIA


Origem:

É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se. Se ficarem restritos, a crise será chamada parcial; se envolverem os dois hemisférios cerebrais, generalizada. Por isso, algumas pessoas podem ter sintomas mais ou menos evidentes de epilepsia, não significando que o problema tenha menos importância se a crise for menos aparente.

Sintomas:

Em crises de ausência, a pessoa apenas apresenta-se "desligada" por alguns instantes, podendo retomar o que estava fazendo em seguida. Em crises parciais simples, o paciente experimenta sensações estranhas, como distorções de percepção ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo. Ele pode sentir um medo repentino, um desconforto no estômago, ver ou ouvir de maneira diferente. Se, além disso, perder a consciência, a crise será chamada de parcial complexa. Depois do episódio, enquanto se recupera, a pessoa pode sentir-se confusa e ter déficits de memória. Tranqüilize-a e leve-a para casa se achar necessário. Em crises tônico-clônicas, o paciente primeiro perde a consciência e cai, ficando com o corpo rígido; depois, as extremidades do corpo tremem e contraem-se. Existem, ainda, vários outros tipos de crises. Quando elas duram mais de 30 minutos sem que a pessoa recupere a consciência, são perigosas, podendo prejudicar as funções cerebrais.

Causas:

Muitas vezes, a causa é desconhecida, mas pode ter origem em ferimentos sofridos na cabeça, recentemente ou não. Traumas na hora do parto, abusos de álcool e drogas, tumores e outras doenças neurológicas também facilitam o aparecimento da epilepsia.

Diagnóstico

Exames como eletroencefalograma (EEG) e neuroimagem são ferramentas que auxiliam no diagnóstico. O histórico clínico do paciente, porém, é muito importante, já que exames normais não excluem a possibilidade de a pessoa ser epiléptica. Se o paciente não se lembra das crises, a pessoa que as presencia torna-se uma testemunha útil na investigação do tipo de epilepsia em questão e, conseqüentemente, na busca do tratamento adequado.

Cura

Em geral, se a pessoa passa anos sem ter crises e sem medicação, pode ser considerada curada. O principal, entretanto, é procurar auxílio o quanto antes, a fim de receber o tratamento adequado. Foi-se o tempo que epilepsia era sinônimo de Gardenal, apesar de tal medicação ainda ser utilizada em certos pacientes. As drogas antiepilépticas são eficazes na maioria dos casos, e os efeitos colaterais têm sido diminuídos. Muitas pessoas que têm epilepsia levam vida normal, inclusive destacando-se na sua carreira profissional.

Recomendações

Não ingerir bebidas alcoólicas, não passar noites em claro, ter uma dieta balanceada, evitar uma vida estressada demais.

Crises

Se a crise durar menos de 5 minutos e você souber que a pessoa é epiléptica, não é necessário chamar um médico. Acomode-a, afrouxe suas roupas (gravatas, botões apertados), coloque um travesseiro sob sua cabeça e espere o episódio passar. Mulheres grávidas e diabéticos merecem maiores cuidados. Depois da crise, lembre-se que a pessoa pode ficar confusa: acalme-a ou leve-a para casa.

Sentimentos, antes, durante e depois

Os sentimentos variam conforme o tipo de crise. Antes de uma convulsão iniciar, algumas pessoas experimentam uma sensação ou advertência chamada "aura". Uma descrição apurada do tipo de aura ao neurologista poderá fornecer pistas sobre a parte do cérebro onde se originam as descargas elétricas anormais. A aura pode ocorrer sem ser seguida de crise, e em alguns casos pode ser considerada um tipo de crise parcial simples. Durante a crise, incerteza, medo, cansaço físico e mental, confusão e perda de memória são alguns dos sentimentos mais comuns, embora a pessoa possa não sentir absolutamente nada, ou não se lembrar do que aconteceu. Da mesma forma, quando a atividade do cérebro volta ao normal, em determinados casos o paciente sente-se bem para retomar o que estava fazendo; em outros, tem dor de cabeça e mal-estar.

O que fazer e o que não fazer nos momentos de crise

Mantenha-se calmo e procure acalmar os demais. Ponha algo macio sob a cabeça do paciente. Remova da área objetos perigosos com os quais a pessoa eventualmente possa se ferir. Caso o paciente esteja usando gravata, afrouxe-a. Faça o mesmo com o colarinho da camisa. Deixe seu pescoço livre de qualquer coisa que o incomode. Mexa a cabeça dele para o lado para que a saliva flua e não dificulte a respiração. Fique a seu lado até que sua respiração volte ao normal e ele se levante. Leve-o para casa, caso ele não esteja seguro de onde se encontra. Algumas pessoas ficam confusas após terem sofrido um ataque. Se você tem certeza de que a pessoa sofre de epilepsia e que o ataque não vai durar mais do que poucos minutos, é desnecessário chamar uma ambulância. Caso, porém, o ataque se prolongue indefinidamente, seja seguido por outros, ou a pessoa não volte a si, peça ajuda. Se a pessoa for diabética, estiver grávida, machucar-se ou estiver doente durante o ataque, chame uma ambulância. Não introduza nada em sua boca. Não prenda sua língua com colher ou outro objeto semelhante (não existe perigo algum do paciente engolir a língua). Não tente fazê-lo voltar a si lançando-lhe água ou obrigando-o a tomá-la. Não o agarre na tentativa de mantê-lo quieto.

A Epilepsia e a Escola


Com diagnóstico e tratamento adequados, aproximadamente 80-90% das crianças terão sua crises controladas com um mínimo de efeitos indesejados. Isso lhes permitirá acesso a uma vida normal. O tempo de crise é infinitamente pequeno em relação ao restante do tempo sem crises, e a criança não deve organizar sua vida ou restringir atividades escolares em função desses momentos críticos. Os pais podem avisar o(s) professor(es) da condição da criança e orientá-los.

Dificuldades de aprendizagem

A epilepsia normalmente não afeta a inteligência. As dificuldades de aprendizagem podem ocorrer por crises freqüentes e prolongadas ou por efeitos colaterais dos medicamentos, como fadiga, sonolência e diminuição da atenção.Eventualmente uma pessoa com retardo mental poderá ter epilepsia; isso não significa que a epilepsia é a causa do retardo mental, mas ambos podem ser conseqüência de um comprometimento cerebral mais amplo

Educação física

A criança com epilepsia não deve ficar excluída das aulas de educação física, pois a prática de exercícios ajuda no desenvolvimento do ser humano. Vôlei, futebol, ginástica, corrida e tênis podem ser feitos naturalmente; a natação deve ser praticada sob supervisão. Crianças epilépticas não devem participar de exercícios em barras, não devem andar de bicicleta em ruas movimentadas, subir em árvores, praticar asa delta ou alpinismo.

FONTE: http://www.epilepsia.org.br/

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

SÉRIE: Distúrbios de Aprendizagem e Desenvolvimento - TDAH




É a sigla para transtorno déficit de atenção e hiperatividade.

Causa: Origem congênita, ou seja, a criança nasce com o transtorno.

Os cientistas e pesquisadores até os dias atuais, não chegaram  acerca de um denominador comum, que explique o que faz uma criança nascer portadora do TDAH. Contudo, a maioria ressalta que talvez a mudança do padrão de comportamento feminino e a jornada exaustiva de muitas mulheres, que necessitam exercer múltiplos papéis e a agitação oriunda destas tarefas, podem ser fatores que determinariam o transtorno na criança. Contudo, 99% das crianças TDAH, são frutos de parto cesariana.

Desde a mais tenra idade, os pais observam que a criança possui características muito marcantes:

. Sono Agitado

. A criança está sempre a “mil por hora”

. São impulsivas

. Falam sem parar, (principalmente as meninas) e interrompem “involuntariamente” a fala do outro

. Não conseguem concentrar-se em atividades, principalmente escolares

. Dificuldade em focalizar a atenção. Quer prestar atenção em tudo ao mesmo tempo

. Não conseguem concluir tarefas.

. Falam sem pensar (O freio inibitório não funciona adequadamente)

. Não consegue se manter muito tempo em uma mesma brincadeira

. Muita agitação motora

. Dificuldade em estabelecer seus próprios limites

. Dificuldade em lidar com espaço

. São MUITO INTELIGENTES.


Diagnóstico: Um trabalho sério,  necessita contar com a participação de uma equipe multiprofissional que irá verificar se:

. A criança se comporta desta maneira em pelo menos três ambientes diferentes

. Se apresenta pelo menos 6 características descritas acima desde a mais tenra idade

. De acordo com o levantamento dos antecedentes da criança, se o repertório do comportamento não está associado a alguma doença ou patologia presente na criança

. O diagnóstico leva em consideração à escuta de no mínimo três profissionais:

. Médico (Neuropediatra), Psicólogo e Professor.

. A família precisa ser bastante ouvida para confirmar a hipótese de TDAH.

Seu filho é TDAH, e agora?

Não entre em pânico! TDAH não é uma doença, mas um transtorno que confere ao cérebro um funcionamento diferente.

Dois neurotransmissores: Dopamina e Noradrenalina quando não executam sua função adequadamente, tornam á área perceptual do individuo, responsável pela atenção, atuar de uma forma mais lenta, conferindo ao seu portador bastante agitação e falta de atenção.

Muitas vezes a criança pode ser portadora de transtorno com déficit de atenção, ou combinada com hiperatividade.

Os DA´s, como são mais conhecidos, são crianças que tem maior dificuldade de atenção e concentração e na sua grande maioria apresentarão dificuldades escolares, se não receberem acompanhamento adequado.

Muitos indivíduos passam anos a fio com dificuldades escolares e principalmente na esfera dos relacionamentos, porque não foram diagnosticadas adequadamente.

O diagnóstico é mais efetivamente concluído, quando a criança atinge 6 anos de idade, ou seja, está na escola, inserida no mundo dos relacionamentos e da aprendizagem mais formal.

Portanto:

. Busque bons profissionais para efetivarem um diagnóstico cauteloso.

. O médico é o único profissional habilitado para sugerir o uso de medicamento ou não. A droga mais conhecida do mercado é o metilfenidato: Ritalina. É uma substância que possui efeito apenas algumas horas, utilizada pelos pais principalmente no horário que a criança está nas aulas. Já existe o CONCERTA, que nada mais é que a mesma substância com efeitos para o dia todo.

A droga não causa dependência, mas precisa ser muito bem acompanhada pelos médicos, pois apresenta efeitos colaterais importantes.

. O psicólogo infantil auxiliará  muito a criança, principalmente a reconhecer sua agitação, distração, recuperar a autoestima e estabelecer seus limites e do outro.

. O psicopedagogo poderá auxiliar no direcionamento de uma conduta que promova uma melhor aprendizagem na escola.

. Os pais necessitam ser firmes e exercer bastante autoridade. Estabelecendo regras, deveres e conseqüências. Jamais justificar todas as dificuldades da criança baseando-se no TDAH.

. A escola precisa ser parceira e professores devem ser treinados e capacitados para auxiliarem a criança no seu desenvolvimento. Existe uma legislação especial, que asseguram os direitos da criança TDAH na escola. O TDAH é considerado uma inclusão na escola.

Cuidar de uma criança TDAH é um privilégio. A doçura e a espontaneidade delas tornam as pessoas ao seu redor, muitos especiais.

Reflita isso!

Nota: A criança acima não é TDAH. As fotos são meramente ilustrativas, devidamente autorizada pelos pais.

Poemia

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