terça-feira, 12 de janeiro de 2010

AUSÊNCIA DE MODELOS





“A adolescente Lauren Mayá Portella, de 19 anos, que tramou o assalto da própria mãe, continua foragida, assim como o namorado, Marcos Vinícius. Eles estão sendo procurados pela polícia de Nova Iguaçu (RJ).” Fonte: Redação Yahoo.

Constantemente amigos, colegas de trabalho e estudantes tem consultado a minha opinião acerca das reais motivações que conduzem as Laurens, Patricias, Marcelos e tantos outros jovens e adolescentes a adotarem este tipo de conduta.

Acredito que a questão é muito ampla, contudo a resposta para tudo isso é muito simples.

Vivemos numa sociedade que vive uma crise de valores éticos e morais sem precedentes.

Temos uma tendência em visualizar os problemas a partir das demandas existentes nos noticiários televisivos, mas não olhamos dentro da nossa própria casa e da nossa família para entender os diversos sintomas de época.

“Sou do tempo” virou um chavão em meu blog, contudo, meu querido leitor, peço mais uma vez a liberdade de usá-lo aqui.

Sou do tempo... que filhos pediam benção para os pais e avós. Nós beijávamos as mãos enrugadas e calejadas deles, imaginando o dia que também seriamos reverenciados e honrados por nossos filhos.

Hoje? “Coisa mais careta hein, coisa do século passado...” - Disse-me uma determinada mãe.

Sou do tempo... Que nossos pais e avós ficavam contando estórias mirabolantes depois do jantar. E a gente acreditava em tudo.

Hoje? “Lá em casa cada um tem seu computador”. Dizem alguns pais. Detalhe: cada um no seu quarto, fechado no seu mundo particular.

Sou do tempo... Que nossos pais sabiam onde estávamos. Não precisavam nos presentear com celulares de última geração.

Sou do tempo... que honrávamos nossos pais , mais que tudo. Meu pai era o melhor funcionário da fábrica e minha mãe, a melhor cozinheira do mundo. Falassem o contrário, para ver “se não dava briga na hora da saída”...

Hoje? “ Ah, lá em casa é uma chatice...os “manos” é que sabem “ das paradas” legais.

Entendo, como profissional da área, que existem as patologias que desencadeiam comportamentos anômalos.

Contudo, não estou focando aqui, problemas oriundos de ordem psiquiátrica, mas sim, de um sintoma de época que tem se disseminado como um verdadeiro câncer em muitas famílias neste mundo pós-moderno: ausência de modelos.

O que falta às tantas Laurens que existem atualmente, são modelos de vida, pessoas que marquem tanto, a ponto de você admirá-las e honrá-las para sempre.

Valores invertidos? Mais que isso... Pessoas perdidas, sociedade caminhando para o caos.

O noticiário anda inaceitável? Contudo o modelo do crime começa dentro de casa.

O modelo do crime:

. Quando você não cria espaço, nem incentiva seu filho a honrá-lo.

. Quando você não é um modelo correto através dos exemplos práticos do dia a dia. Eles falam mais do que qualquer palavra.

.Quando você abandonou “certas caretices” porque alguma revistinha ou programa de televisão assumiu mais autoridade do que daqueles que te criaram.

.Quando você não deu atenção para seu filho, dizendo sempre: - Agora não tenho tempo... Hoje é você que fica batendo a porta do quarto dele, ansioso (a) para que ele tire os olhos da INTERNET e lhe dê atenção.

. Quando o colega do MSN sabe mais da vida do seu filho, do que você mesmo.

. Mas principalmente, quando você começou a acreditar que existiam coisas mais importantes para ensinar para seu filho do que o amor de Deus.

Amigo leitor, nossa sociedade está sendo consumida pela falta dos valores em Deus.

Reflita isso!

2 comentários:

  1. Marilene, boas observações. Quando não se tem aquilo que é excelente temos a tendência de procurar aquilo que nos dê prazer, não importa o preço a ser pago. Precisamos voltar aos modelos bíblicos. A Paz.

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  2. Olá, Marilene!

    Cá estou novamente a ler o seu artigo.

    Como professora de alunos entre 10 e 15 anos, posso sentir no cotidiano escolar essa perda de valores na família.

    No ano passado, recebi uma turma nova, os alunos tinham o costume de chegar correndo, conversando e logo já cobrando alguma coisa.

    Então comecei o meu primeiro diálogo com eles perguntando como era a manhã deles, a que horas levantavam, se costumavam dar um bom dia "caloroso" para os pais, acompanhado de beijos, se tomavam o café da manhã com eles e se vinham sozinhos para a escola...

    A maioria disse que os pais não levantavam para preparar o café, que vinham à escola sem comer nada, esperavam a "merenda"... E olha que a escola estava localizada em um bairro onde os pais tinham poder aquisitivo!

    Então não tinham esse costume de falar "bom dia", perguntei...

    Disseram que era muito formal falar "bom dia", que falavam "oi"...

    Poucos alunos contaram sobre o cuidado e o carinho dos pais.

    Depois de escutar cada um, disse a eles que gostaria de receber um bom dia de manhã para o dia começar bem, assim como eu fazia todo início de cada aula.

    Para minha surpresa, depois disso, não só recebia "bom dia", como também beijos, até dos garotos. Alguns bons dias em coro, outros particulares, mas sempre com um sorriso lindo enfeitando aqueles rostinhos que me deixaram saudade.

    Os valores estão morrendo, filhos só querem carinho, um carinho que pode ser sentido com um copo de leite quente de manhã, com a família à mesa.

    Chris Amag

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